Almoço com representantes
dos trabalhadores

Protagonistas da resistência<br>e da alternativa

O Se­cre­tário-geral do PCP al­moçou no sá­bado, 4, na Quinta da Ata­laia, com 300 di­ri­gentes e ac­ti­vistas sin­di­cais e ou­tros mem­bros de Or­ga­ni­za­ções Re­pre­sen­ta­tivas dos Tra­ba­lha­dores.

A luta é de­ter­mi­nante para re­sistir e avançar

Image 20520

No al­moço que fez trans­bordar o re­fei­tório da Festa do Avante!, Je­ró­nimo de Sousa falou so­bre­tudo de luta, da qual os pre­sentes são des­ta­cados di­na­mi­za­dores na sua ac­ti­vi­dade quo­ti­diana junto dos tra­ba­lha­dores nas em­presas e lo­cais de tra­balho. O di­ri­gente co­mu­nista lem­brou que foi a luta que pos­si­bi­litou a der­rota do PSD e do CDS nas elei­ções de 4 de Ou­tubro, tal como foi ela que abriu a porta à pos­si­bi­li­dade de re­verter e re­cu­perar di­reitos e ren­di­mentos rou­bados nos úl­timos anos. Da mesma forma, será a luta a ga­rantir no fu­turo novos e mais am­plos avanços.

Re­fe­rindo-se ao que se al­cançou com a nova so­lução po­lí­tica, Je­ró­nimo de Sousa con­si­derou que, sendo in­su­fi­ci­ente, aponta ao «ca­minho justo», pelo que não deve ser su­bes­ti­mado. Assim se provou uma vez mais que vale a pena lutar. O di­ri­gente co­mu­nista deixou uma men­sagem cen­tral aos pre­sentes: nesta como em qual­quer outra si­tu­ação po­lí­tica, a luta é o factor de­ter­mi­nante, pois «nunca o go­ver­nante deu ao tra­ba­lhador os seus di­reitos, as suas rei­vin­di­ca­ções», pelo con­trário eles foram sempre con­quis­tados.

Je­ró­nimo de Sousa re­alçou ainda a con­tri­buição de­ci­siva dada pelo PCP para con­firmar a der­rota elei­toral do PSD e do CDS e atri­buir-lhe a con­sequência po­lí­tica ló­gica, o seu afas­ta­mento do go­verno do País. Foi também em grande me­dida graças ao Par­tido que foi pos­sível en­ve­redar por um «ca­minho de re­po­sição e con­quista de di­reitos que ti­nham sido li­qui­dados».

Re­cor­dando o per­curso tri­lhado desde Ou­tubro de 2015 até hoje, Je­ró­nimo de Sousa ga­rantiu que o PCP as­sumiu a po­sição con­junta com o PS pro­cu­rando no seu con­teúdo dar res­posta ao sen­ti­mento mais pre­mente dos tra­ba­lha­dores e do povo: a ne­ces­si­dade de repor e con­quistar di­reitos. Al­guns estão já con­cre­ti­zados.

Para o que der e vier

Na in­ter­venção do Se­cre­tário-geral do Par­tido, como na de Fran­cisco Lopes, dos or­ga­nismos exe­cu­tivos do Co­mité Cen­tral, re­jeitou-se fron­tal­mente a «na­tu­ra­li­zação» da pre­ca­ri­e­dade que a cri­ação do «es­ta­tuto do pre­cário» e de or­ga­ni­za­ções sin­di­cais e de classe que os re­pre­sen­tassem cons­ti­tuiria. Do ponto de vista de classe, su­bli­nhou Je­ró­nimo de Sousa, «não de­vemos per­mitir no Par­tido e no mo­vi­mento sin­dical que se crie o “pre­cário”», pois pre­cá­rios são os vín­culos e é isso que deve ser com­ba­tido.

As múl­ti­plas vi­tó­rias al­can­çadas em muitas em­presas em que, através da luta, tra­ba­lha­dores com vín­culos pre­cá­rios passam aos res­pec­tivos qua­dros, dão força a este com­bate. A cam­panha na­ci­onal do PCP «Mais Di­reitos, Mais Fu­turo. Não à Pre­ca­ri­e­dade» está a ter um im­pacto pro­fundo no es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação dos tra­ba­lha­dores em cen­tenas de em­presas e lo­cais de tra­balho de todo o País. A exi­gência de 35 horas para todos e a de­fesa da es­cola pú­blica são ou­tras causas a me­recer a mo­bi­li­zação e em­pe­nha­mento dos co­mu­nistas nas em­presas e lo­cais de tra­balho.

No que res­peita ao ca­len­dário par­ti­dário, foi des­ta­cada a im­por­tância de cons­truir, di­vulgar e re­a­lizar com êxito a Festa do Avante! e de pre­parar o XX Con­gresso do Par­tido, que tem lugar no início do mês de De­zembro. O papel dos co­mu­nistas no for­ta­le­ci­mento das or­ga­ni­za­ções uni­tá­rias e de massas e a con­cre­ti­zação das me­didas de re­forço do Par­tido ao mais va­ri­ados ní­veis foram ou­tros as­pectos con­si­de­rados de­ter­mi­nantes. É que o mo­mento ac­tual, como re­alçou Fran­cisco Lopes, pode ser «de ce­le­bração de vi­tó­rias», mas é também de rei­vin­di­cação, luta e alerta. E de «pron­tidão para o que der e vier», acres­centou.




Mais artigos de: PCP

Quebrar o cerco do capital <br>com a luta

No co­mício da Festa da Ami­zade, re­a­li­zado em Al­mada no dia 5, Je­ró­nimo de Sousa voltou a in­sistir na ne­ces­si­dade de romper com a sub­missão do País à União Eu­ro­peia e ao euro.

Todos à Marcha

Jerónimo de Sousa manifestou, no domingo, a solidariedade do PCP com a «Marcha em Defesa da Escola Pública», marcada para o próximo dia 18, no Parque Eduardo VII, em Lisboa. Para o dirigente comunista, esta é uma «luta de todos – dos professores e dos trabalhadores das...

Conhecer para intervir

As as­sem­bleias das or­ga­ni­za­ções do Par­tido são, para além de mo­mentos altos de aná­lise da re­a­li­dade, pla­ni­fi­cação da in­ter­venção e re­forço da or­ga­ni­zação, uma ex­pressão de de­mo­cracia in­terna.

Uma experiência de intervenção

A célula de empresa é a mais importante organização de base do Partido. É por seu intermédio que o Partido estabelece a sua principal ligação às massas trabalhadoras. Como no distrito de Beja não existem ainda células com...

Sem motivo para festejar

O PCP assinalou, no dia 1, a passagem de um ano sobre a criação formal da «Infraestruturas de Portugal – IP», resultante da fusão da REFER com a Estradas de Portugal, reafirmando a necessidade de «interromper este caminho, travar enquanto é tempo esta desastrosa...

PCP na Feira Nacional<br>da Agricultura

Uma delegação do PCP visitou, durante o fim-de-semana, a 53.ª edição da Feira Nacional da Agricultura, que decorre em Santarém até ao dia 12. Com esta visita, aliás habitual, o PCP quis uma vez mais sublinhar a prioridade que atribui à defesa e incremento da...

Propaganda política<br>é direito para valer

O PCP acusa a Câmara Municipal de Coimbra de reincidir na retirada de propaganda política, lembrando que tal prática é ilegal por violar um direito consagrado e garantido na Constituição da República Portuguesa que, como é evidente, não pode ser limitado por...

PCP e ID

Delegações do PCP e da ID estiveram reunidas no dia 6 para avaliar a situação política e preparar a intervenção nas eleições futuras para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores e para as autarquias. À saída do encontro,...

Precariedade nos Açores

O PCP promoveu em Ponta Delgada a sessão pública «Somos todos trabalhadores! Precários são os vínculos», integrada na campanha nacional «Mais Direitos, Mais Futuro. Não à Precariedade», que o Partido está a levar a cabo. Na sua...